INCENTIVANDO ÀS FLORESTAS PLANTADAS

Confira artigo do presidente da FIESC, publicado no jornal Notícias do Dia

Noticia

Confira artigo do presidente da FIESC, publicado no jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, na última segunda-feira, dia 23/11

 

 

Santa Catarina tem uma condição diferenciada para plantio de florestas, que são a base de uma importante cadeia industrial em segmentos como madeira, móveis, papel e celulose. Nas últimas décadas o setor se modernizou e hoje, além de postos de trabalho, riquezas, impostos e prosperidade, gera sustentabilidade, com o fomento da silvicultura. Ao garantir matéria-prima de qualidade para a indústria de base florestal, a atividade reduz a pressão sobre as florestas nativas. Tanto é que a preservação da Mata Atlântica tem avançado em solo catarinense nos últimos anos.

Além da presença de empresas de classe mundial, a competitividade do setor também tem direta relação com o rápido crescimento de espécies, especialmente o pinus, que se adaptaram de maneira singular ao solo e ao clima catarinenses. A silvicultura, que se expandiu ao longo das últimas décadas, assegura o insumo necessário para manter essa engrenagem em movimento. As áreas de reflorestamento passaram de 128 mil hectares em 1970 para 918 mil hectares em 2017, conforme a Epagri, o que está alinhado com as políticas internacionais de sustentabilidade e sequestro de carbono.

Embora as condições para o plantio de árvores sejam únicas no estado, a maturação do investimento leva anos. Por isso, as lideranças estaduais precisam estar atentas, para que áreas de floresta não sejam ocupadas por outras culturas agrícolas, com retorno mais rápido, desarticulando a cadeia produtiva de base florestal. Políticas de estímulo à silvicultura são necessárias. Uma alternativa pode ser a criação de fundos de investimento que apliquem no setor, remunerando os produtores enquanto as árvores se desenvolvem, evitando problemas com capital de giro durante o cultivo.

Argumentos para avançar nessa discussão não faltam: estamos falando de mais de 5 mil empresas e quase 90 mil empregos diretos nos segmentos papel, celulose, madeira e móveis em Santa Catarina, além de embarques de US$ 1,4 bilhão no ano passado. Os números mostram que a madeira, que deu origem à industrialização catarinense, ainda é fundamental para nossa economia e seguirá ocupando papel central no desenvolvimento do estado. Bastam políticas inteligentes e ação.

 

 

Fonte: Fiesc

Republicação: Fiesc

Tags: FIESC, artigo do presidente